sexta-feira, maio 27, 2005

"Corto-te em duas e faço de ti uma alma e um corpo que sangram para as mãos de quem te amou. Dizem que será loucura amar entre paredes sujas pelas entranhas que ficam agarradas às paredes desta sala que nos amou. Separo o teu sangue. O branco que te defende do mal que te ofende. O vermelho puro que bebo compulsivamente para sentir a vida que corre em ti. Isolo o teu coração para simplesmente o sentir. Sinto-me a ir ao encontro da poeira que nos circunda sem cada um reparar. Faço de cada grão uma gota do teu sangue e encharco-me em loucura. Sinto cada batida em cada uma das minhas mãos que amparam a vida que se concentra num músculo. Rasgo as tuas pernas para retirar a tua força. Dos teus braços arranco as linhas de pele que me vestem enquanto durmo com a saudade. Ingiro os teus olhos para degustar o prazer de ver como ninguém. E do último olhar apenas a mim me pertencer. Faço dos teus seios uma estrada para os meus dedos. Do teu sexo apenas o que ele é. Um símbolo do teu poder. Foges sempre à palavra foder em nome do amor que justifica o que o teu sexo é. Agarro-me ao amor que te dei. Corto-te em duas e deixo a alma à deriva. O teu corpo fica comigo. O teu sexo. Tu. Falta-me o teu amor."
texto escrito por : Adão

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Terror de amar num sitio tão fragil como o mundo. Mal de te amar neste lugar de imperfeição, onde td nos quebra e emudece, onde td noe mente e nos separa."bjs* #15

9:07 da tarde  

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