mais um ano..

Gostava de não sentir que os anos me atravessam o espirito e pesam onde sinto mas nunca toco.
Gostava que... a luz que me renasce, não se ofuscasse com o passar dos anos...
Gostava de... amadurecer a minha juventude sem nunca perder a inocencia de uma criança...
Gostava...
Será assim tão patetico rodear-me de esperança e desejar um ano bom? Ou será a minha responsabilidade que me obriga a torna-lo melhor?
O tempo agarra o amanhã e transforma-o em ontem. No fim é apenas um ano em que choramos, sorrimos, caimos para nos levantar e voltar a sonhar!Em que projectamos as inumeras oportunidades que temos de reunir o que queremos e enfrentarmos o que tememos... ou continuar a fugir...
Será só um ano?
Encho-me de coragem e procuro o meu canto em ti.
Será só mais um ano..ou parte de mim?

É só...

...É só mais uma história que se desenrola sob uma suspeita calma.
...É só mais um trilho que se esconde por detrás da pericia dos actos, para que nada passe de mais um engano.
Sabia que te esperava desde que te vi chegar ao som de uma guitarra. Sussurraste qualquer coisa em italiano e sorriste. Hoje, mais uma vez, viajas para longe daqui e bailas ca dentro.
Eu fico, existindo porque te lembro. E fugindo daqui para te ter...
Gostava que o telefone tocasse...
Sinto os teus beijos percorrerem-me o corpo... e voo até ti pelo arco-iris da ponta dos teus dedos longos e magros. Já não estou aqui. Vejo-te!
É só ...a calma com que te sinto e como amplio o meu mundo.

Aventuras Ambiguas...tudo e o nada

"Quando Tudo se apercebeu que perdera a inocencia teve o reflexo obvio de a procurar, mas ela não estava em lugar nenhum..

Mas Tudo sabia que lugar nenhum era só um lugar, e que no reino do nada tudo é como parar...e já não era a primeira vez que a inocencia lhe fugia. Sempre gostara desses jogos, e ele sabia que ela se escondia no absoluto só para ele a procurar...

Até que Tudo se perdeu, de tanto procurar algo. "Fodass, Mamã"
Desde então tomava tudo pela soma do vazio, não reparando que á sua volta as flores cresciam, contra ou a favor dos seus caprichos.

É esse o teu medo? Viver tudo sozinho? POIS HABITUA-TE

E foi aí que percebeu que nada fazia parte de tudo...e que por isso tudo podia acontecer...e Tudo pode ser quem quiser, e ser feliz."

uma produção Miolo Lindo

:)

"Há uma noite que é escolhida para ser essa noite que se ha-de guardar!"

Mafalda Veiga

Ás vezes...

....apetece-me ultrapassar os limites que impus a mim própria...

...apetece-me ser senhora de outras vontades, de dominar outros/diferentes mundos,

descobrir o manto de indiferença de cima do mundo,

de ver as cores nos cinzentos da minha imaginação.

... Ás vezes apetece-me renascer destas estrias que me rasgam o corpo....

bocadinho de história...

Hoje percebo que toda a minha vida tentei construir um castelo onde me pudesse proteger e viver feliz …
A vida não é fácil! Fácil é complicar tudo.

Hoje entendo que nem sempre fui forte o suficiente...! Contudo, muitas vezes não sei onde ia buscar tanta força.
A minha vida, feliz ou infelizmente, ainda não sei, assemelha-se a areia. Ás vezes areia de pedras que nos magoam os pés e nos deixam sempre feridas. Por vezes a areia escura de cemitério, com cheiro intenso de morte, que me mostra o quão viva estou. E por raras vezes a areia fina e lisa da praia, onde começa a minha história...

...Naquela noite escura. Tão escura que o brilho das estrelas e da lua era mais intenso. Apenas se ouvia o silêncio murmurar baixinho e as ondas do mar enrolar a areia. A sensação de esperança levava a magoa, mas avivava o vazio que invadia os nossos seres. Vinham as memórias, tempos bons ou menos bons, que já ninguém pode tirar ou apagar.

Ali, encontrei uma rapariga. O frio queimava-lhe o rosto. Ela, ilesa e envolta no silencio, olhava o mar e esperava encontrar alguma verdade. Procurava certezas no brilho das estrelas e respostas na agua da lua. Jurava que via a felicidade no infinito e a paz no horizonte. Os seus olhos negros olhavam-no durante horas, com uma enorme vontade de o encontrar e se perder… ! Algo me dizia que esta sabia exactamente como era essa sensação...

(cont)

Para ler hoje e sempre...

Planta uma semente de sonhos num terreno de incertezas e verás nascer uma arvore de esperança com frutos bem reais!!!

Music...

O disco está a rodar. Deixa-me perder aqui. A ver as paredes alargarem, a sentir o coração aumentar.Deixa-me criar histórias para além da imaginação. Rodar. Gritar. Sem nunca cessar.Esquecer. Lembrar. Dar espaço à lágrima. Permitir que caia. Permitir que dê vida ao meu rosto. Fecho os olhos...a Música toma conta de mim...

No vazio...

Com uma folha branca? Podia fazer o que quisesse!...Podia fazer umas asas e voar até ao mundo do principezinho. Levava a Rita. Ou então, fazia uma guitarra e deixava quea musica tomasse conta dos meus dedos, dos meus ouvidos...ou uma bola e punha-me a jogar basket...podia fazer tanta coisa...podia simplesmente pintá-la de amarelo, laranja ou preto...ou andar com ela debaixo do braço só para me lembrar que o branco também existe!...E tu principezinho, o que farias com uma folha branca?...

Celebra a tua vida!

"Celebra a alegria de fazer anos de esperança.
Conta teus anos, não pelo tempo, mas pelo espaço que fazes em teu coração. Não pela amargua de uma dor, mas pela resurreição que ela traz. Não pelo número de troféus das tuas conquistas, mas pelo gosto da aventura de tuas buscas. Não pelas vezes que chegaste, mas pelas vezes que tiveste coragem de partir. Não pelos frutos que colheste, mas pelo terreno que preparaste e as sementes que lançaste. Não pela quantidade dos que te amam, mas pela medida do teu coração capaz de amar a todos. Não pelas desilusões que tiveste, mas pela esperança que infudiste. Não pelos anos que fazes, mas por aquilo que fazes em teus anos. Não pelas vezes que celebraste aniversário, mas pelas vezes que teu aniversário se tem celebrado na vida"...
Porque hoje faço anos...

Porque não me obedeces coração?


Por favor coração, obedece-me...

lume...

"Vai caminhando desamarrado

Dos nós e laços que o mundo faz

Vai abraçando desenleado

De outros abraços que a vida dá

Vai-te encontrando na água e no lume

Na terra quente até perder

O medo,

O medo levanta muros

E ergue bandeiras pra nos deter

Não percas tempo,

O tempo corre

Só quando dói é devagar

E dá-te ao vento

Como um veleiro

Solto no mais alto mar

Liberta o grito que trazes dentro

E a coragem e o amor

Mesmo que seja só um momento

Mesmo que traga alguma dor

Só isso faz brilhar o lume

Que hás-de levar até ao fim

E esse lume já ninguém pode

Nunca apagar dentro de ti (...)"

Mafalda Veiga

O Amanhã não começa Hoje...

É esta ansiedade! Comprar, experimentar, terminar, superar, amar, sonhar, rir, conversar, beijar, tocar, sentir ou simplesmente acordar...é esta ansiedade...que não me deixa fechar os olhos...e entre o hoje e o amanhã...entre o adormecer e o acordar...é nesta ansiedade que descanso a minha alma cerrada e confundida no meu corpo!

Nesta ansiedade...

Onde está o Céu?

O Céu? Porque me perguntas o que é o céu? Bem, o céu é tudo aquilo que quisermos que ele seja! Podemos pintá-lo da côr da nossa alma...se é que me entendes...O céu é uma maneira de te dizer que somos livres, é o nada vezes nada...não tem fim...ainda bem que não tem fim...já basta tudo ter um fim...Bem, mas o céu...já te disse um dia que era a minha grande paixão, não te lembras?
É infinito, podes não parar de olhar para ele, nunca vais ter pena de acabar de ver o que não existe! Cenário de tantas coisas maravilhosas...são pequenas maravilhas! 7 cores emparelhadas...onde pousam as nuvens, conversam as estrelas e caem as gotas de água a que a Rita uma vez chamou "gotas de felicidade"...De imaginário, o céu é tudo isto, e de imaginário, o céu não é nada! Então porque me perguntas o que é o Céu?!

demasiado contente para dizer +...

"chiuuu...nao fales..deixa-me gozar o momento ...!"

I think I love to watch you laughing

In fact I love to watch you do anything

And yes I do feel this thing happening...

Yes I do...I love you in my own twisted ways

BRAN VAN 3000

...the way you make me feel...

"The Space Between Where you're smiling high, Is where you'll find me if I get to go
The Space Between The bullets in our firefight, Is where I'll be hiding, waiting for you...
The Space Between Your heart and mine, Is the space we'll fill with time

Take my hand'Cause we're walking out of here..."

Ele sabia...

Ela procurava o caminho da felicidade.
Ele sentia-se pesado.

A consciência dizia-lhe que só procuramos o que nos falta.
Ela rezava junto á sua cama, jurava ser capaz de perder o medo e deixar-se levar! Depois fechava os olhos até ter a certeza que era seguro entregar-se ao desconhecido, porque nada a prendia ali!..
Todas as noites ele se perguntava se ela iria encontrar esse caminho, se o reconheceria se o encontrasse..!! E se o encontrasse voltava para lhe contar? Mesmo assim, deixou-a ir.
Ela chorava enquanto passavam pela sua cabeça todas as coisas que fez, todos os sitios onde esteve. Sentia que se tinha perdido um milhão de vezes. Desconfiava que hoje perdia também o que tinha para guardar o que descobrisse.
Ele olhava pela janela do seu quarto. Não chorava. Sabia ser mais fácil atingir a felicidade que mante-la. Sabia que não existimos quando fazemos coisas, quando fazemos vida. Vivemos quando estamos tristes ou na "sombria" alegria, mas principalmente quando renunciamos uma possibilidade para embarcar noutra.

Ele sabia...

Ela tinha de descobrir...

enquanto oiço Frank Sinatra...

Preciso por-te em algum lado...queres fugir-me do coração..Ainda corres na minha cabeça também...e por isso não consigo dormir...!! Oiço vozes dentro de mim, que falam de mim para mim ou de nós para mim, porque me contam sempre coisas tuas e me reavivam a memória...

Sei que qualquer dia vou acordar e a primeira coisa que vou pensar...não serás tu..!! vou dormir sem cantar o teu nome...vou deixar de te ver nos meus sonhos e nem tao pouco vou chorar...mas quando???

Hoje, sinto-me uma flor a precisar de ser pedra para sobreviver..
Acredito no amor...(afinal ainda não virei pedra)....e não sei se é bom ou extremamente mau acreditar em algo com a força com que acredito nas coisas...a queda é maior...!! O que me leva a acreditar? Não sei...!!!Faço bem ou mal? Impossivel saber...Tudo o que faço é inutil, tudo o que digo é em vão, apenas me move o que acredito, o que sinto...

Podiamos ter tudo, com a paciencia que só o amor exige, e em vez disso, desistimos porque só temos amor...!! O amor é o principio de tudo e com ele tudo é possivel...compreendemos porque amamos, respeitamos porque amamos, desculpamos porque amamos....e se amamos muito, a vida perde o sorriso, talvez porque a única pessoa capaz de nos fazer sorrir por dentro é a que nos faz chorar...!!! Digo coisas que toda a gente sente e não diz ou vivo noutro mundo?

Para ser feliz basta tão somente um sorriso, o observar o mar, o céu, o ouvir os pássaros ou o barulho dos carros da minha janela...

Para ser feliz basta, outras vezes, destruir o mundo de alguém para que o nosso continue erguido. Dizer que somos melhor que alguém!

Para ser feliz basta apenas que nos amem, ainda que não amemos ninguém...

Basta que sejamos bons, maus, egoístas ou solidários...basta que queiramos ser felizes!

Afinal, para ser feliz basta tanta coisa e coisa nenhuma...temos o mundo inteiro para sermos felizes...

A felicidade existe. E, no entanto, preocupamo-nos tão pouco com ela!...

Esquece, já não sei de nada...só quero ser feliz!

inquietação

não percebo... o meu rosto ilumina-se de cada vez que tu... ...mas tu... ..aposto que é so comigo que fazes essas coisas...

..e tens esses comportamentos de quem tem recalcados acontecimentos traumáticos..porém, no fundo, somos iguais... as vezes...embora pareça que falo de ti, na realidade falo de mim... de nós..que ameaça brotar do obscuro..

...andam umas coisas a chatear-me a cabeça e a gritar-me aos ouvidos.... e isso é que é chato (a parte dos ouvidos)... ...tenho qualquer coisa para te dizer, mas as palavras esfumam-se na minha boca e gelam-me as mãos... na verdade, preferia nem dizer...mas provocar em ti o que sinto..

"bem que se quis depois de tudo ainda ser feliz..."

Cedo Rodrigo percebeu que não se pede amor a ninguém. Prefere viver sozinho que deixar-se levar nessa tristeza.
Por isso, há muito que põe tudo nas mãos do tempo e aguarda o que lhe está destinado. Gostava contudo que ela abrisse o seu coração e o deixasse aberto só um pouco...para que ele pudesse entrar (e se ela assim quissesse) jamais sair. O seu erro é quere-lo tanto...

Entre eles tudo surgiu sem que se desse conta. Um dia ele beijou-a! Um beijo que parecia não querer acabar. Sentiu tocar algo mágico e minutos depois, chorou. Um pranto sem lágrimas, que doia por dentro. Quis por o que sentia em palavras, mas as palavras afastaram-nos. Palavras são só palavras! E nunca poderão valer mais. Nem tão pouco exprimir o que ele sente..ainda hoje!

Olhava-a todos os dias. Os seus olhos sorriam...até ao dia em que lhe parecera impossivel voltar a tocar aquela magia. A alma pungiu-se. Dúvidas misturaram-se com uma enorme crença...tudo iria ficar bem..
Na sua doce inocencia, apenas esperava..mas via-a sempre sem saber o que fazer! Sentia-se pó a vaguear por entre os seus passos. Saia do seu tempo, do seu mundo e encontrava paz em algo que vivia mas não possuia.
Rodrigo atravessava o presente e pensava afastar-se ao mesmo tempo que se aproximava. Era bom te-la por perto..!
Ansiava que o inesperado,que sempre os acompanhou, voltasse a tomar as redeas. Sabia o que queria! Querer não basta !??

Nesse dia..

-Não me deixas amar-te. Nem me queres por perto!-ele gritou.

Ana gostava de dormir com duas almofadas. Nesse dia,acordou com uma dor no pescoço. Para além disso, autodiagnosticou-se uma dor de cabeça de noite mal dormida. No seu sonho, um desconhecido lhe tinho dito que ela estava a ficar careca.Mal o seu pé tocou o chão, lembrou-se da discussão com o seu marido e de como tinha dormecido no sofá da sala.
Não reconhecia aquele sitio, onde vivia por instinto. Hoje via-o, porque já não conseguia viver. As malas estavam feitas. Saiu!

Nesse dia comprou o jornal. Não conseguia andar. Não sentia as pernas. Sentou-se no banco daquele jardim. O Central Park nunca lhe parecera tão vivo e verde. As pessoas não lhe eram estranhas. Ja as tinha visto, nos dias em que atravessava a rua. Hoje fitava-as, tentando sugar-lhes a vida.

Gostava de pensar em coisas impossiveis. Nesse dia desejou descobrir algo mais impossivel do que o que lhe tinha acontecido..para se confortar...! Esperou pelo minuto em que pudesse absorver os vermelhos e dourados do Plaza, sem que nenhum carro ali passasse. Queria levar consigo algo que a preenchesse. Nova Iorque tão cheia e ela vazia.

Abriu a porta do taxi. Relembrou a noite passada. Viu as marcas que ele lhe tinha deixado no braço, quando a tentou abraçar. Não queria ficar para não partilhar a sua dor, mas ele estava bem dentro dela. Olhou o resto do seu corpo. Todo ele eram marcas, nodoas negras que se reproduziam e a consumiam.
Queria fugir de algo que estava nela, com ela...! Quando não reconheceu o sitio onde vivia, saiu de casa, mas perdia-se sempre que pensava que não se reconhecia no seu corpo.

Entrou no taxi, convicta que o seu marido lera a carta do médico. Por esta hora ele ja sabia a verdade, mas não iria compreender. Para esta doença não há remédio...é o que dizem..!!O homem contava dinheiro com os olhos no colo:
-Para onde vai?
-Estou a morrer!

Hoje sonhei que me deste um beijo!!!

Hoje sonhei que me deste um beijo…Acordei esta manha com uma dificuldade fora do normal. É verdade que não me costumo levantar a correr, isto é, a não ser que esteja a por em prática a minha terapia de choque. Não sei bem porque mas levantei-me com uma dificuldade fora do normal.

Corri para o espelho e quando esperava encontrar aquela cara de rabo normal ou anormal, depende do ponto de vista, simplesmente ela…não estava lá!!! O que vi foi um sorriso, o que vi foi uma alegria imensa que não soube explicar…alguém me mandou despachar, parece que já estava atrasado. Protestei as suas exigências a minha vontade foi voltar para os lençóis mais uma vez. Não tanto para voltar a dormir mas para voltar a acordar e olhar-me ao espelho!

Infelizmente não o pude fazer, os deveres profissionais obrigavam-me a levantar não podia voltar a falhar ao meu patrão. Levantei-me suavemente como uma nuvem a deslizar sobre as ondas agitadas do mar. Recordo-me que pisei os ténis e a roupa do dia anterior que mais uma vez não havia posto na cesta da roupa suja. Nem sei como não cai, nem sei como ainda não mandei calar esta voz que teimosamente me manda levantar sem saber que já estou de pé. Aproximei-me da aparelhagem e pus o primeiro som do dia a tocar. Desta vez não escolhi barulho nem tão pouco a radio local, preferi um som mais calmo o que queria mesmo era voltar a dormir. Passei pala cozinha e comi uma taça de cereais, um copo de sumo de maracujá e uma banana que dizem dar muita força pela manha. Lavei os meus dentes nunca poderia lavar os de outra pessoa, e passei as mãos molhadas pela cara. Voltei a olhar o espelho e reparei que o tal sorriso me continuava a sorrir.

Subitamente aquela voz volta a falar, diz-me que vai sair mas que já me abriu a janela do quarto. Agora vou mesmo ter que acordar. Dispo a T-shirt com que dormi e olho as fotos que tenho na parede. Tanta alegria para me ajudar a levantar mas que hoje nem esta a resultar. Deito-me e fecho os olhos e logo me recordo porque não os queria abrir. Ontem deste-me um beijo! Lembro-me que após sentir os teus lábios quentes e suaves se afastarem dos meus te olhei nos olhos e te vi sorrir pedindo que não acordasse…Pareceu-me tudo tão real. A tua voz o teu cheiro e claro o teu toque na minha pele. Pareceu-me que nunca mais ias ficar longe de mim ou que pelo menos a partir daquele momento serias quase só minha. Por isso voltei a dormir. Por isso nunca mais voltei ao clube de vídeo e nunca mais vi o Sr. Antunes. Por isso aquela voz voltou a ter o prazer de me acordar e de dizer: «Eu já sabia que isto ia acontecer.»

..onde as palavras não chegam...

Entre eles a bruma de fumo de um cigarro aceso...
Na mesa que os separa, apenas um cinzeiro...
Dois corpos descalços, dois olhares que se procuram, duas mentes em sintonia que se perdem por entre a nevoa!... A expectativa? O impasse?

O cigarro continua a arder lentamente...para lhes dar tempo...para os obrigar a lograr cada segundo que se fitam...
Os olhos reflectem o cansaço daquela albugem, porém persiste a vontade de travar o silêncio...
E as bocas...as bocas ainda desejosas de chegar onde as palavras não chegam..

A beata jaz..acéfola!
Os dois finalmente se contemplam e o barulho do silêncio quebra-se com um beijo.

Medo...

Debaixo das estrelas. Lado a lado. Coisas invisiveis voam sobre nós. Pequenos nadas se partilham. Os olhos mantém-se fixos nas exímias luzes que iluminam a cidade...em silêncio!

Não sei o que pensas!...Na minha cabeça toca uma música que nem ouves..pois não? O que é importante não se vê...
Nada espero. Porém tenho vontade de descobrir mais de ti, sobre ti.
Passo a minha mão pelo teu rosto com carinho, como quem quer falar sem dizer...e tu percebes o tacto das palavras. Sinto!

Olhas-me com medo. Sentes! Sem certezas! Mentes! "Prefiro matar antes que me matem...!"
Estendo-te a mão, tento tocar a tua, agarra-la para te transmitir a vontade de te ter por perto. Dizes-me que não é assim..

E partes na tua luta de antecipar uma dor, que só é dor quando sentida..! Nunca sabes o que é, nem o que seria..! Foges para não ter de descobrir e quando não há fuga possivel...vale tudo menos morrer! E como sabes quando te vão matar?

A mão longe do corpo. Deste meu corpo que te olha enquanto vais e voltas.
Aproximas-te de mim. Trazes as mãos sujas e as unhas entranhadas em sangue. No rosto mantem-se a incerteza e os dedos pingam pecado...
Mordes os lábios saciados e fechas os olhos para neles não lhes descobrir prazer!

Que parte de ti também morreu?
Poes a cabeça no meu ombro, dizes-me que queres acreditar e matas-me com um olhar ternurento...
Já não sei quem mata e quem morre...Caminhas de costas voltadas. E eu continuo aqui...de mão estendida!

2u

..Ele apareceu enquanto eu penteava os meus cabelos. A sua imagem surgiu no enorme espelho á minha frente.

..Fitei-o. Uma das suas mãos tocou o meu ombro e desceu pelas minhas costas. A outra segurava os meus cabelos. Depois as duas circundaram o meu corpo. O seu halito fresco percorreu a minha nuca,o meu pescoço...! Um beijo seria capaz de agitar todo o meu corpo, mas o seu halito parou, sussurou no meu ouvido:..Se eu soubesse nunca tinha feito isto...mas tu estavas tão receptiva..

Senti o seu ombro tocar o meu, enquanto ele saia daquele compartimento pequeno demais para conter o que nos unia. Havia algo que nos empurrava sempre na direcção um do outro. Havia um sentimento em bruto que com medo voltava sempre atrás...Se não estivesse receptiva não insistias...!! E eu? Porque não desisto??-pensei.

Simples?!!?

Boas!!!

Ontem vi um filme genial. Provavelmente também o viram no canal 1. O Meet Joe Black. Confesso que já o tinha visto e que já sabia o que me esperava ainda assim...muito bom.
Parece-me genial a ideia de por a morte a apaixonar-se pela vida. E não só. A morte interessada na vida em si, em conhecer aquilo que desconhece mas ao qual dá fim invariavelmente. E depois, a forma como compreende os contornos do amor, a verdadeira essência deste sentimento que muitos não conseguem explicar. Talvez ninguém o consiga. Ainda assim, aquela premissa genial apresentada por Anthony Hopkins é muito interessante. Porque é verdadeira, porque nos dias que correm muita gente parece esquecer. Um dos princípios de amar alguém passa por não lhe fazer mal. Disse algo assim.

Por vezes parecemos perder demasiado tempo a pensar e a viver coisas que não merecem a pena. Fundamentalmente porque as vivemos interiormente. Em pensamentos sem bases reais e fundamentadas não em situações que presenciamos mas em ideias que pré concebemos. Como era bom que as coisas fossem realmente mais simples. Mais realistas, mais como as vemos e menos como as imaginamos. Não me parece que perdesse o brilho por isso. Unicamente teríamos mais quadros bonitos para levar no fim.

No fim. Sim, porque todos o vamos ter. Mais tarde ou mais cedo. Não merece que percamos tempo a pensar nele, unicamente que saibamos que não lhe vamos fugir e que devemos coleccionar belas recordações para levar. Porque meus amigos, não são razão para alarme morrer. Das duas uma, ou vamos mais cedo num qualquer acontecimento trágico ao qual nem conseguimos reagir, ou vamos mais tarde num momento agradecido pela necessidade de descansar de vez.

meu primeiro texto...

Para todos aqueles (inclusive eu) que a dada altura pensam não serem capazes de aguentar mais...Temos sempre força, mesmo quando julgamos já não ter...Somos sempre mais fortes do que pensamos...;)

"I see the fear in the things we don't understand
I see the fear in another blind man
I can't hold back this fire that stills inside
I can't hold back who I am

I know you're strong
And I know you belong
I know you're strong...my beautiful one

I can't turn away from what I believe
I can't destroy our saviour oh no oh no oh no
I know the beauty in all that I can see
I can't hold one what you can't release

(...)

Cause I can't hold you
And I can't hold me
And I can't hold on
To what they can't believe
And I can't hold you
And I can't hold me
And they won't understand.. Till the blind man sees

I know you're strong...my beautiful one
I know you're strong
I know you belong
I know you're strong...my beautiful one"

I KNOW YOU'RE STRONG...

"reamon-strong"

Venham de lá esses textos!!

Boas pessoal!

A patroa mandou escrever um pequeno texto de introdução...

Que blog é este perguntam vocês...Ora bem, este é um blog de dois amigos que resolveram fundir ideias e juntar dois blogs. Desta forma a coisa promete ficar mais interactiva. Digo eu...
O que se vai escrever? Nem eu, aliás, nem nós sabemos bem. Se será material bom ou menos bom, se serão pensamentos tristes ou alucinações de alegria. Ainda assim fica o convite para uma visita posterior. O que podemos prometer acima de tudo são desabafos, conversas que os quilómetros nem sempre deixam acontecer entre duas pessoas com uma ligação deveras especial.
Que mais posso dizer? Muita coisa, mas por agora chega...