sexta-feira, junho 22, 2007

será isto o adeus?

Entristeço-me quando me lembro que o meu coração nunca te pediu a paz que o meu corpo conquista, quando me deito…
…Apenas confiança…
…Tinhas-me o corpo. Outrora o peito também.
Entristeço-me ao perceber que tentaste não ser igual aos outros. Mas preferiste não me ser ninguém.

Por vezes contavas-me coisas. Banalidades!
Coisas que tento esquecer…
Tu fazes o mesmo, não é?
Ou ainda te lembras de mim? Não?
Então porque razão deveria eu lembrar-me de ti? Diz-me. Aposto que não consegues dar-me um motivo!
Ou então dirias o mesmo de sempre… “todas as pessoas que conhecemos, não esquecemos”…
… Será que podemos afirmar que nos conhecemos?
Do meu ponto de vista, não deixaste que isso acontecesse…
Eu ainda nem sei o que era…ou o que ainda sou para ti…
Se me conhecesses, não desconfiavas de mim, nem me julgavas capaz de mentir…
Mas é normal…quando as coisas começam a chegar a este ponto, há sempre alguém que foge…
Ninguém me surpreende nesse aspecto, mas tu tiveste a tua oportunidade…
Só é triste teres alegado que te tinha mentido!
E não me teres tratado com respeito…
Então porque devia preocupar-me com alguém que não acredita em mim?
Porque deveria preocupar-me com alguém que tentou fazer-me culpada de algo que não fiz? Fraca tentativa!

Houve uma altura em que me preocupei… Que ganhei com isso?
Nessa altura, levaste a magia que havia entre nós… e deixaste-me com a imagem de alguém que nem tu acreditas ser…
Não me parece que a minha vida seja muito diferente sem essa pessoa, por isso … porque haveria de me preocupar?
Há pessoas competentes para se preocupar com pessoas como tu. Que estudaram, que percebem certas coisas porque não se envolvem emocionalmente. Não eu! Eu não conseguiria. Nem tão pouco concorri para psiquiatria. Senão coitada de mim. Sim, porque há muitos assim… Teria eu de me preocupar com todos?

Não menti. Repito! Continuo a sentir-me pura. Como a lágrima que ainda não consegui derramar por ti…
Um dia disseram-me que no meu ser não haveria maldade. Fizeram-me prometer. E há promessas sem hipótese de contornar…
Desde esse dia que criei uma estrutura muito forte….
Desde esse dia que há coisas que simplesmente não faço…
Em memória dessa pessoa. Por respeito a tudo o que ela me deixou…

Admito que quis decifrar-te com os sentidos todos. Quis que esses sentidos me fizessem acreditar que o que te entregava ia direito ao coração. Quis, ou melhor, desejei mexer contigo, ao ponto de me sentires como parte do teu corpo… sempre com sede de me beber…

Mas disse que não te faria mal, e nunca tencionei fazê-lo…

… Para mim, bastava eu e tu…
Ainda hoje…
Preferia que me abraçasses em vez de me acusares.
Preferia que me beijasses em vez de gritares…
Preferia ter-te aqui ao meu lado…

…Pelos vistos a ti isto não te chegava…

Se eu te dissesse que não acreditava em ti, continuavas a preocupar-te comigo?
Pensa bem. É que pelo que dizes, toda a gente mente, mesmo quando não tem motivo para o fazer…. E tu, que te enalteces por ser diferente dos outros, não serás afinal como… toda a gente?

Talvez nunca fiques a saber o que sinto…o que senti…
Mas sabe apenas que não menti…
Eu não sei quanto tempo mais irei esperar por outro tipo de comportamento da tua parte...
Um, que nos permita um entendimento...
No entanto, se a tua raiva é proporcional ao afecto que sentes por mim... Então, por favor, faz com que ela passe sem o deixares morrer...
Pode ser que mais tarde confirmes que o que te contei é verdade, e que foste injusto…
A propósito… Como ficarias?
Preocupa-te isso?... Então porque devo eu preocupar-me contigo?