Olhares
A noite chega, quase silenciosa...Lá fora ouvem-se pingos de água a cair, alheios a tudo e todos os que aterafadamente se deslocam para os seus destinos.
Enquanto uns se distraiem com coisas fúteis, outros afundam-se em pensamentos, deixam-se levar pelas mágoas mais profundas sem que nada os consiga distrair!
Lá fora vai chovendo...
Mais umas horas e a azáfama característica das primeiras horas da manhã dá gora lugar a uma serenidade invulgar, mas quem pensa continua absorto nos seus pensamentos, quem chora perde mais uma lágrima e morre mais um pouco, e nada os consegue distrair...
É então que me olho nos olhos, que tento perceber o porquê das coisas, que tento procurar uma razão que me deixe em paz, sem contestar a sua credibilidade mas vejo apenas o vazio...o vazio que ficou depois de teres desistido de tudo, o vazio que ficou no lugar central que ocupavas, apenas o vazio...
Verto uma ou outra lágrima, a vontade é quem dita as leis mas não agora, não neste momento, não enquanto chove lá fora e eu penso...
Olhos nos olhos, abrem-se as portas para a alma, perde-se todo o medo...só queria que aqui estivesses...limpa-me o rosto e vê-me chorar mais uma vez.
Chove lá fora, eu choro cá dentro, morro mais um pouco longe de ti, volto a nascer longe de ti, há alguém que me limpa o rosto e me vê sorrir novamente...
Lá fora chove e eu cá dentro penso...nada me consegue distrair
Enquanto uns se distraiem com coisas fúteis, outros afundam-se em pensamentos, deixam-se levar pelas mágoas mais profundas sem que nada os consiga distrair!
Lá fora vai chovendo...
Mais umas horas e a azáfama característica das primeiras horas da manhã dá gora lugar a uma serenidade invulgar, mas quem pensa continua absorto nos seus pensamentos, quem chora perde mais uma lágrima e morre mais um pouco, e nada os consegue distrair...
É então que me olho nos olhos, que tento perceber o porquê das coisas, que tento procurar uma razão que me deixe em paz, sem contestar a sua credibilidade mas vejo apenas o vazio...o vazio que ficou depois de teres desistido de tudo, o vazio que ficou no lugar central que ocupavas, apenas o vazio...
Verto uma ou outra lágrima, a vontade é quem dita as leis mas não agora, não neste momento, não enquanto chove lá fora e eu penso...
Olhos nos olhos, abrem-se as portas para a alma, perde-se todo o medo...só queria que aqui estivesses...limpa-me o rosto e vê-me chorar mais uma vez.
Chove lá fora, eu choro cá dentro, morro mais um pouco longe de ti, volto a nascer longe de ti, há alguém que me limpa o rosto e me vê sorrir novamente...
Lá fora chove e eu cá dentro penso...nada me consegue distrair
posted by zorlac at terça-feira, outubro 17, 2006
7 Comments:
Hoje também me senti assim...como o tempo...
Há dias em que o vazio parece aumentar e tudo parece por demais pequeno perante a ausencia de alguém....
Há dias em tentamos perceber todos os porquês...embora se saiba que existe sempre um que não passa pela nossa cabeça... (É nestes dias que desafiamos esse facto...)
Gostamos de quem escolhemos para ter ao nosso lado...e custa-nos perceber o porquê dessa pessoa ter "desistido"... então tudo à nossa volta parece imovel e só a nossa cabeça é que não pàra... Mas no fundo...não "chegamos là".... Podemos respeitar, talvez... Aceitar, sem duvida... mas nunca perceber todos os pormenores que nos permitiriam esquecer o assunto...porque nunca se esquece... porque somos humanos e vivemos destas experiencias...
e umas doem mais que outras...
Mas nunca se deixa de gostar ed um dia para o outro... e há dias especiais, como este, que nos fazem lembrar disto...e muito mais...
Palavras simples e sinceras... Gostei do texto, sabes bem **
Gostei do texto... Escreves bem...falas o que sinto... So fiquei meio pensativa... Porque ficamos sempre tão perdidos sem alguém?... E podemos passar pela experiencia "n" vezes...e é sempre o mesmo...
**** joana
Obrigado pelas palavras joana!O porquê das coisas não o sei, espero que um dia o consiga descobrir!
Feel free para postar comentários nos restantes textos, os autores agradecem! ;) * * *
Descobri este blog hoje. Mas vou passar mais vezes para comentar :)Podes ter a certeza***joana
Ainda bem :) fico à espera dos comments!
Há coisas que nunca esquecemos e das quais não conseguimos desistir nem que seja apenas até ao dia em que percebemos que tudo não passa de uma ilusão. Tal como diz a K8tye e muito bem
nunca se deixa de gostar de um dia para o outro...
***
Uma vez, alguém me disse que as lágrimas são pedaços do coração. Recordo-me de ter pensado que se assim era, então já não tinha coração por já ter chorado tanto, por dele já se terem separado tantos pedaços.
Não sei se percebi o teu texto. Acho que me limitei a interpretá-lo de acordo com as minhas vivências. E através delas percebi-o.
A vida faz-nos sorrir quando menos esperamos. E o coração do qual se separaram tantos pedaços quantas as lágrimas vertidas, tem uma capacidade de regeneração inimaginável, ainda que cada vez menos eficaz...
Isto tudo só para dizer que gostei muito!!!
Beijinhos
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