Hoje acordei e tudo me cheirava a ti.
Estranho, porque até mudei os lençóis desde que te deitaste neles pela última vez.
Mas a sério que cheirava. O quarto, a sala, tudo. Até quando saí para a rua, continuava a cheirar a ti. Não ao perfume de coco, ou ao shampoo que usas. A ti!
Aquele cheiro da tua pele, que não se parece a nada. Nem a rosas, nem a frutos, nem a plantas nem a praia nem a nada. É doce, e bom, e teu! E não é cheiro de pele. Esse é só um cheiro. Qualquer. Gosto mesmo é do da tua pele. E foi esse que senti!
Foi um bom acordar. Porque associo o teu cheiro a um abraço, a um beijo, a uma festa no cabelo. Acordei contente! Se fechasse os olhos e me concentrasse no cheiro, juro que via a tua boca a formar um sorriso, as bochechas a abrir duas covas, e os lábios a soltar um “bom dia, amor”.
Um dia, se o Mundo não morrer antes, vou acordar todos os dias contigo nos meus braços (ou só ao lado, se estiver calor) e vai-me sempre cheirar a ti. E não vou precisar de fechar os olhos para te ouvir dizer “bom dia”. Nesse dia vou saber de onde vem o perfume. Hoje ainda não percebi. Só sei que me continua a cheirar a ti por onde quer que ande, e o caminho é mais fácil assim!
(...)
Afinal, sou eu que cheiro a ti.
Nota: Depois da ausência longa, nem sei se ainda posso postar aqui. Nunca mais tinha escrito. Ontem escrevi. Hoje postei. Desculpem a intromissão.