quarta-feira, dezembro 28, 2005

"Chêro intu"

Em tempos trazia sonhos e fantasias na palma da mão, que fugiam como areia por entre os dedos. Semicerrava os punhos e agarrava o tempo para não me perder. Depois conheci-te e o tempo voou. Vivia com inquietação, sugando cada minuto que antecedia a despedida. Até que ela chegou... o tempo parou... e não nos voltámos a ver.
Muitas vezes me sentei na parte mais triste do meu corpo e viajei para lá do oceano. Onde se ouve o samba.
Hoje perco-me nas deambulações do "eu" e mergulho nos fragmentos de mim.
Existe um "eu" que se engrandece sempre que a vida me prega destas partidas.
Feliz reencontro.
Sinto que existiu um tempo que parou... para mais tarde ganhar vida.
Hoje sei porque te guardei, porque te guardo...Hoje sei que sou aquilo que em mim tocou...
* "Ainda te lembro. E sorrio quando sorris."

2 Comments:

Blogger homem fumaça said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

7:23 da manhã  
Blogger homem fumaça said...

O tempo é um fabricante de velhos presentes. Cabe à memória enfeitá-los para o futuro.
Um dia a memória deixou escapar um dos presentes.
Jamais seria uma surpresa, em verdade.
Era o próprio devir.
E nele cabe uma felicidade que não se mede.

7:27 da manhã  

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