sexta-feira, dezembro 30, 2005

Sinto a tua falta, amor...

Penso em ti tantas vezes...
Mas nunca te conheci...
Sinto a tua falta. Nunca te encontrei.
Mas sempre te procurei...
Tentei acreditar que te tinha cada vez que me sopravam aos ouvidos e me beijavam com palavras..mas, sem saber, guardei-te para mais tarde...para quando soubesse reconhecer-te.
Escolhi caminhos ao acaso, na tentativa de me convencer que não era por ti que caminhava. Queria um mundo sem ti, feito apenas de instantes e não de histórias bonitas. Queria livrar-me de mim e emergir revigorada. Deixei-me levar por armadilhas e enganos, por tudo o que me fizesse pensar que já te esquecera. Mas em vez disso, fui aos poucos sabendo onte te granjear.
Percebi que vives até na minha solidão, no silêncio de dias vazios. E que és a epiderme que me reveste, a densidade da água que me compõe, na qual eu me reencontro e reconstruo.
Mesmo assim, ainda te procuro. E enquanto espero...sinto a tua falta...

1 Comments:

Blogger camilo said...

Neste texto parece-me que há uma divisão no narrador. Por um lado espera alguém, e como tal mostra-se uma pessoa optimista, que acredita na existência de "alguém". Mais, que já sabe quem esse alguém é, e que espera por ele.
Por outro lado, o narrador demonstra-se descrente, fechado, (arrisco derrotado?), apercebendo-se que por muito que lute, fica sozinho, e talvez seja até assim que se sente melhor, ou pelo menos que está destinado a ficar.

Este já é um texto "à Mónica" caraças, com interpretações múltiplas e isso td! ;)

Este não é um comentário à Camilo, mas depois de ter estado todo o dia a estudar... não peças mais! :P

4:54 da manhã  

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