O seu inimigo preferido...
Tomou o pequeno-almoço num café de esquina, ao lado das pessoas que aspiravam a comida junto ao balcão de pé. Uma torrada. Uma meia de leite. Comia para sobreviver. Não lhe sentia o sabor. À sua volta o ruído de sempre; as cadeiras a arrastar, as pessoas a falar alto, a máquina do café…
Fechou os olhos e trouxe à consciência todos os caminhos que percorreu e não a levaram onde queria. Lembrou-se de todos os homens que chegaram até ela. Os cansados, esquecidos das coisas simples da vida, que se apaixonavam não por ela, mas pelo seu sorriso…Os interessantes, que se escondiam por baixo de camadas de protecção…Os casados, que procuravam na sedução, um carinho, um afecto, um bocadinho de atenção…Os que conhece pelo sabor da ausência…distantes quer física quer psicologicamente…ou mesmo aqueles que embora estejam perto, estão longe… noutra terra, noutro país, noutro continente…
Diz quem a conhece que não foi feita para estas coisas do amor. Que tem olho para os problemáticos e que em dez homens, escolhe o único que não presta. E quando não escolhe são eles que a procuram. Mas Joana queria amar, mais do que sentir-se amada. E por isso, insistia. E por isso, acreditava. E por isso, depositava todas as suas esperanças no sentido das coisas e no valor das emoções.
Abriu os olhos, tentando libertar-se do peso bruto de tudo o que não sabe explicar. Mas não se esquecia de nada. Os gestos, os cheiros, os calores, as diversas formas de respirar, tocar, beijar… e sentiu de novo a vontade de se apaixonar a crepitar-lhe no corpo, enquanto alguém lhe gritava baixinho aos ouvidos “onde está o amor a que tens direito?”
Fechou os olhos e trouxe à consciência todos os caminhos que percorreu e não a levaram onde queria. Lembrou-se de todos os homens que chegaram até ela. Os cansados, esquecidos das coisas simples da vida, que se apaixonavam não por ela, mas pelo seu sorriso…Os interessantes, que se escondiam por baixo de camadas de protecção…Os casados, que procuravam na sedução, um carinho, um afecto, um bocadinho de atenção…Os que conhece pelo sabor da ausência…distantes quer física quer psicologicamente…ou mesmo aqueles que embora estejam perto, estão longe… noutra terra, noutro país, noutro continente…
Diz quem a conhece que não foi feita para estas coisas do amor. Que tem olho para os problemáticos e que em dez homens, escolhe o único que não presta. E quando não escolhe são eles que a procuram. Mas Joana queria amar, mais do que sentir-se amada. E por isso, insistia. E por isso, acreditava. E por isso, depositava todas as suas esperanças no sentido das coisas e no valor das emoções.
Abriu os olhos, tentando libertar-se do peso bruto de tudo o que não sabe explicar. Mas não se esquecia de nada. Os gestos, os cheiros, os calores, as diversas formas de respirar, tocar, beijar… e sentiu de novo a vontade de se apaixonar a crepitar-lhe no corpo, enquanto alguém lhe gritava baixinho aos ouvidos “onde está o amor a que tens direito?”
1 Comments:
Não será essa a pergunta que fazemos a nós mesmos, por vezes???
Está muito bonito...
Beijinho grande
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