nao sei tanto sobre tanta coisa...

-Não te quero mal! ... Alias n desejo mal a ninguem , nem mesmo aos que me magoaram...
-Eu magoei-te?
-Falo no geral.
-Tu sabes que nunca fiz nada com intençao de te magoar, nao sabes?
-Para que essa conversa ?
-Tu é que começaste...
-Não des tanta importancia ao que digo nestes momentos. Digo aos outros o que não posso dizer à pessoa que devia ouvir.
-Não podes porquê?
Fechei os olhos. Não sabia responder.
-É sempre mais facil não explicar, não é?- acrescentou ele.
Não sabia se existia explicação para isso e se saberia entender essa explicação. Não sabia nada.
-Não! Posso explicar. Não desejo mal a ninguem, nem mesmo aos que me magoaram. Se forem felizes, então valeu a pena fazerem-no.
Ele olhava-me com atençao.
-Eu preocupo-me em todos os dias ser uma pessoa melhor. Não sei o que me espera, não sei o que esperar. Apenas sinto. Apenas acredito. E quando assim é...
- ... Tens de arriscar...
- ...Até ao fim!

mimos em dia...

Acordei um pouco diferente.
Em mim, uma insuprível tristeza, capaz de se dissipar com as tuas palavras...
Em vez disso, somente o silencio me preenche os olhos e me fecha o sorriso.
Refugio-me em tudo o que te queria dizer ...e por alguma razão, não posso...
Gostava que comigo aprendesses a arte da entrega calma...
Gostava que sentisses que estou contigo mesmo quando não estou presente...tal como eu nunca me senti sozinha... ate hoje...!
Bem sei que não sabes, a quantidade de vezes que ainda te olho e te admiro, em silencio, sem o dizer.
E nem tao pouco desconfias que magia crescia aqui...
Sei que sinto a tua falta! ...Não pensei senti-la assim...
Com uma subita duvida, um acumular de certezas...
Nada sei, tudo espero. Minto. Espero o melhor...
Anseio por esses mimos...por po-los em dia...

ferias do mundo...

No silencio desta hora, as lagrimas aparentam calma.
Sentado na poltrona, de frente para a janela, a cortina fechada e o vento a seu favor, ele acende mais um cigarro. A distancia interminavel, entre o que se é e o que se deseja, parece esfumar-se.
Insiste em balbuciar palavras mortas. Abdica do tempo. Renuncia a luz. Fecha os olhos e então silenceia-se. Ouve-se a música. Afinal havia musica. Mas a musica não chega para acalmar uma alma inquieta.

um bocadinho de uma história Parte IV

Adormeci...

...E acordei..não sei quantas horas depois. Desguedelhada, suada, levantei o tronco e sentei-me na cama. Os olhos visitaram cada sitio daquele quarto, que sendo o meu, não parecia pertencer-me. Estava alguém ali comigo...! Eu olhava. Não via, mas continuava a olhar.

Procurava um lugar onde pudesse acordar..ou voltar a adormecer. Porém dentro de mim haviam palavras que ecoavam.."tens um sorriso lindo", ruidos que se repetiam..." adoro ver-te sorrir", repercutidos murmurios que crepitavam.. "mas não tens brilho nos olhos", sons que doiam..." tens olhos opacos".

Todo o corpo perplexo, apenas os olhos se mexiam. Um qualquer corpo continuava ali comigo. Levantei-me. Aproximei-me dele.(Por outro motivo não me levantaria). Um pé atrás do outro, como quem tem total controle dos seus movimentos. Estava mais perto...!
Um espelho...

Parei de ouvir e consegui ver os meus olhos...
Fui eu quem sempre ali estive.

E um bilhete debaixo da porta:
" Tenho uma coisa tua! Ass: Margarida"

sing softly to me

"I wanted a mystery that couldn't be solved

I wanted a puzzle with pieces missing

I wanted a story that couldn't be told

Only the fishing part of fishing

I didn't know you then (...)"

kings of convenience

Não é meu o texto, mas diz muito sobre mim neste momento...