sexta-feira, julho 01, 2005

Coicidência...

Houve algum tempo que os separou. Mas, para ele, foi apenas o tempo. Foram periodos das suas vidas, que pararam para pensar e pouco pensaram....senão tudo seria diferente... e no entanto, tudo continua igual.
Ao fim desse tempo, ele senta-me novamente para escrever, o que ficou em atraso na sua mente, mas encontra-se bastante egoista e não lhe apetece compartilhar algumas ideia que lhe teorizam os sentimentos.
Ela, para não pensar, ocupa-se com coisas banais. Coisas de mulheres....
Naquele dia, agarrou uma amiga e voou para o centro comercial. O caminho parecia mecanizado, o carro conhecia o destino de cor. Foi ter ali, onde se lembrava dele.
Queria entrar, levantar dinheiro e sair, mas não havia dinheiro em nenhuma caixa multibanco. Parou junto do restaurante onde ele a costumava levar. Calada, engoliu as lagrimas...
Passou bem perto do local de trabalho dele e temeu encontrá-lo. Apressou todas as suas tarefas, para regressar rapidamente para casa, para o seu refugio, mas enganou-se no caminho. Virou em qualquer sitio e perdeu-se...
Demorou horas até encontrar o rumo. Deixou-se ir pelo caminho que o carro tomava, e não pela sua cabeça, que só pensava nele. Reconheceu a rotunda que dá as boas vindas a quem entra na cidade onde mora. Odeia aquela rotunda, onde toda a gente pára para se cumprimentar...! Deu especial atenção a outras pessoas, aos sinais da estrada, aos cartazes publicitários e obrigou-se a esquecer quem continuava a corroer-lhe o cerebro.
Decidiu cantar bem alto as musicas que passavam na radio e deixou de olhar, com tanta atenção, para os carros que lhe faziam companhia, no seu trajecto para casa. Até que se cruzou com o carro dele... !Parou o seu carro. Saiu descontralada e sentou-se num passeio proximo. Distraida, balbuciava palavras desconexas...
Manteve-se ali durante algum tempo.
Ele reapareceu entretanto.
Sentiu uma mão tocar-lhe o ombro.
Alguem perguntou qualquer coisa, ao que ela respondeu, sem pensar: “- Estou bem...!”
Esboçava um sorriso, que escondia a dor... a mágoa que a afundava. Não levantou os olhos. As lagrimas começavam a escorrer de novo....
Ele retribuiu o sorriso e afastou-se.
”- Estou bem…!” repetiu ela, enquanto as lagrimas lhe caiam do rosto. Lagrimas que não aguentaram e cairam, enquanto ela sorria, enganando quem a visse.
Ele não estava lá.
Ouviu o que ela dissera. Viu a lagrima cair. Mas somente deu importancia ao sorriso.
(pela sua felicidade? Ou para ignorar a tristeza?)
Todo o dia desperdiçado nas tentativas de o afastar dela.
Todo o dia levadoa evitar aquelas lagrimas.
Num dia cansado de um regresso a casa, ela não sabe porque chora...se por ter desejado aquele encontro, se por, estranhamente, este se ter realizado...
Ela limpou as lágrimas… ”…Está tudo bem!”

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este post dá uma volta engraçada...
No início, parece que é ele que pensa nela, que continua a sentir e a tentar agir (ainda que não o faça) e ela tenta fugir dele, ocupando-se de coisas mais banais.
No entanto é ela que o vê em todos os sítios...

"(...)alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!"

É ela que não pode fugir dele, mesmo que tente. Mas eu acho que ela acaba por (conscientemente ou não) nem tentar, pois invariávelmente percorre todos os sítios onde ele "está", ainda que em recordação.
Ela procura-o, e até quando se perde, e limita a seguir o caminho que o carro "escolhe", é para ele que caminha, porque na verdade, é ela que conduz o carro, e não o contrário.
Quem procura, acaba invariávelmente por encontrar (para o bem ou para o mal) e ela encontrou-o. E não conseguiu avançar. Teve que parar, ficar à espera dele, porque a verdade é que a partir dessa altura, o carro não a conseguia levar. Nem ela conseguia sair dali.
Mas fez-se forte quando o encontrou, porque quem a faz sofrer, não merece saber que ela sofre!
Mas ele sabe! Mas para ele é melhor acreditar que não! Para ele é mais fácil pensar que ela não sofre, porque isso facilita tudo, e faz com que ele (apesar da vontade) consiga ficar sem agir mais tempo. O tempo que for preciso!
Mas ela chora, e talvez ele chore também quando chegar a casa...

porque há coisas que não se podem deixar em suspenso. Porque às vezes, "antes quebrar que torçer". Porque há caminhos que, para se reencontrarem, têm que se separar de vez!

4:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ela pensa nele a todo o momento, embora algo inconscientemente (acredito); mm sem kerer encontra sp em td o lado e em lugar nenhum algo k lhe faça recordar dele... e sofre... mt! No entanto, kd xega o momento de abrir a sua alma à unica pexoa k pode faxer realmente alguma coisa retrai-se (e percebo pk o fax...).
Ela acabava por lhe facilitar td, uma vex k sem duvida k p ele será melhor se ela n sofrer (ou se ele n souber k sofre...)
... Porque se ele ainda duvidava se seria realmente melhor estarem separados, kd ela dix "está td bem" todas as duvidas se esvanecem...
#15

1:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

*P.S- ela n dix "esta td bem..", ela dix "estou bem".lol*bjs*15

1:02 da manhã  

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