Feed me Lies!
Diz-me que o sol não brilha e a noite não é escura,
nem a neve fria nem a areia quente numa tarde de Verão.
Diz-me que a Terra (como a Vida, afinal), não gira
e que tudo o que muda são ilusões.
Diz-me que um homem, O Homem não avança
porque não tenta,
nem pode,
avançar!
Diz-me que quando uma criança nasce
sabe à partida que um dia chegará a sua hora
de não ser eterna!
Diz-me que não existe Amor.
O Amor!
é apenas uma conjugação de hormonas
que nos faz perder a calma.
Diz-me que estou (estamos todos)
condenados a caminhar sozinhos
por um caminho difícil
com destino incerto,
sem chegada possível.
Diz-me que ninguém, nunca, ajudará outro alguém
só pelo prazer de ajudar.
Diz-me que aceleramos todos o passo
para sempre
sem sequer olhar para trás,
com medo do passado.
O Passado. Ah, o Passado!
Diz-me que temos que o apagar para conseguirmos viver o futuro!
(com letra pequena, porque ainda é pequeno também)
Diz-me que os erros cometidos uma vez nunca mais se repetem,
porque eu não tenho medo de arriscar,
e preciso que me digam que vou falhar!
Diz-me que o próximo falhanço é fatal!
Diz-me (e agora é PARA MIM que falas)
que os meus 20 (quase 21) anos
são já idade demais para saltar de um penhasco,
mesmo que eu queira
e que não tenha medo,
porque talvez um avião me apanhe no caminho.
E se não apanhar,
se não apanhar,
pelo menos enquanto estava a cair senti a adrenalina!
Diz-me que ninguém se importa,
e então talvez não me deva importar com ninguém.
Diz-me que não vale a pena ser justo,
bondoso,
crente,
corajoso,
sensível,
confiante,
e todas essas coisas que me ensinaram a ser.
Porque os "bons meninos" são assim...
Olha-me nos olhos e diz que o verde se apagou,
que agora são negros,
a ausência de cor,
a ausência de vida
e esperança.
Diz-me que o que vejo através do fumo
enquanto acendo mais um narguilé
são apenas ilusões,
fruto da minha mente,
e do fumo (ele mesmo, que às vezes torna tudo mais claro).
Diz-me que sou igual a toda a gente.
Igual não...
pior.
Diz-me que os barcos passam longe (amiga M., esta metáfora é tua).
Tão longe que não os vejo.
Quanto mais tentar embarcar neles.
Que não posso ser tripulante
nem passageiro.
NUNCA capitão.
Mente-me
uma vez e outra vez.
E quando me vires em baixo,
de olhar perdido no chão
já sem lágrimas para cairem,
mente-me mais um pouco.
Alimenta-me de mentiras,
ou "Feed me Lies" se quiseres ser original.
Alimenta-me sempre.
Quero um "supersize" para levar,
por favor!
"Quod me nutrit me destruit"
E eu quero que me destruas!
Quero que me deites fogo.
Quero arder em chamas, e tornar-me cinzas,
e para isso tenho demasiada fome,
estou demasiadamente magro,
e frágil.
Arder!
Purificar!
E depois renascer,
como uma fénix,
como a MINHA fénix,
(e é esse o seu significado, finalmente),
para uma vida em que as mentiras não me atingem
porque vôo mais alto,
ou mais rápido,
ou mais longe.
Mais uma vez (ainda) não sei.
E aí, meu amigo,
meu velho amigo
(porque os amigos também mentem),
dir-te-ei
que não batas mais
no peito,
não como bates agora,
porque voltei a tomar o comando
e só vais ser usado para coisas boas!
nem a neve fria nem a areia quente numa tarde de Verão.
Diz-me que a Terra (como a Vida, afinal), não gira
e que tudo o que muda são ilusões.
Diz-me que um homem, O Homem não avança
porque não tenta,
nem pode,
avançar!
Diz-me que quando uma criança nasce
sabe à partida que um dia chegará a sua hora
de não ser eterna!
Diz-me que não existe Amor.
O Amor!
é apenas uma conjugação de hormonas
que nos faz perder a calma.
Diz-me que estou (estamos todos)
condenados a caminhar sozinhos
por um caminho difícil
com destino incerto,
sem chegada possível.
Diz-me que ninguém, nunca, ajudará outro alguém
só pelo prazer de ajudar.
Diz-me que aceleramos todos o passo
para sempre
sem sequer olhar para trás,
com medo do passado.
O Passado. Ah, o Passado!
Diz-me que temos que o apagar para conseguirmos viver o futuro!
(com letra pequena, porque ainda é pequeno também)
Diz-me que os erros cometidos uma vez nunca mais se repetem,
porque eu não tenho medo de arriscar,
e preciso que me digam que vou falhar!
Diz-me que o próximo falhanço é fatal!
Diz-me (e agora é PARA MIM que falas)
que os meus 20 (quase 21) anos
são já idade demais para saltar de um penhasco,
mesmo que eu queira
e que não tenha medo,
porque talvez um avião me apanhe no caminho.
E se não apanhar,
se não apanhar,
pelo menos enquanto estava a cair senti a adrenalina!
Diz-me que ninguém se importa,
e então talvez não me deva importar com ninguém.
Diz-me que não vale a pena ser justo,
bondoso,
crente,
corajoso,
sensível,
confiante,
e todas essas coisas que me ensinaram a ser.
Porque os "bons meninos" são assim...
Olha-me nos olhos e diz que o verde se apagou,
que agora são negros,
a ausência de cor,
a ausência de vida
e esperança.
Diz-me que o que vejo através do fumo
enquanto acendo mais um narguilé
são apenas ilusões,
fruto da minha mente,
e do fumo (ele mesmo, que às vezes torna tudo mais claro).
Diz-me que sou igual a toda a gente.
Igual não...
pior.
Diz-me que os barcos passam longe (amiga M., esta metáfora é tua).
Tão longe que não os vejo.
Quanto mais tentar embarcar neles.
Que não posso ser tripulante
nem passageiro.
NUNCA capitão.
Mente-me
uma vez e outra vez.
E quando me vires em baixo,
de olhar perdido no chão
já sem lágrimas para cairem,
mente-me mais um pouco.
Alimenta-me de mentiras,
ou "Feed me Lies" se quiseres ser original.
Alimenta-me sempre.
Quero um "supersize" para levar,
por favor!
"Quod me nutrit me destruit"
E eu quero que me destruas!
Quero que me deites fogo.
Quero arder em chamas, e tornar-me cinzas,
e para isso tenho demasiada fome,
estou demasiadamente magro,
e frágil.
Arder!
Purificar!
E depois renascer,
como uma fénix,
como a MINHA fénix,
(e é esse o seu significado, finalmente),
para uma vida em que as mentiras não me atingem
porque vôo mais alto,
ou mais rápido,
ou mais longe.
Mais uma vez (ainda) não sei.
E aí, meu amigo,
meu velho amigo
(porque os amigos também mentem),
dir-te-ei
que não batas mais
no peito,
não como bates agora,
porque voltei a tomar o comando
e só vais ser usado para coisas boas!
Nota do autor: Esta é uma "segunda edição" de um texto originalmente colocado no meu space no msn dia 5 de Julho. É de facto uma "infertilidade criativa" repetir posts, mas este teve que ser. O "Feed me Lies!" continua a ser o menino dos meus olhos, talvez a melhor coisa que escrevi em toda a vida (pelo menos é a minha opinião). Foi escrito todo de seguida, sem pensar, sem reler, como eu gosto. Não vou alongar-me nem explicar o que queria dizer quando o escrevi, mas achei que este post (e só este) merecia uma pequena nota. Meu rico "Feed me Lies!", és o post a que eu não mudava nada (talvez o único), e sobrevives facilmente ao meu sadismo auto-crítico!
Gosto muito de ti, postzinho lindo! Quem é o postzinho lindo do papá, quem é?...
... preciso de sair e começar a conhecer pessoas...
3 Comments:
adoro este texto...
depois de ver que o tinhas colocado aqui e de o reler...vou espreitar o comentario que te tinha feito a este texto
http://spaces.msn.com/members/emfelgas/PersonalSpace.aspx?owner=1#toppage
(falei que me fartei...)
...e hoje repito td o que disse naquele dia...
alias hoje acrescento...apesar de estar possuida por LUCIFER ...continuo a gostar MUITO deste texto...muito, muito...****
fui*
Intenso... É o melhor adjectivo, a meu ver, para qualificar o teu post... Adorei... Mexeu-me com as emoções e com os sentidos... As palavras valem o que valem, e estas que escreveste neste post valem muito, são acertadas...
Beijinhos
P.S.- Obrigada pela visita e pelo comentário... Epero que voltes:)
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