quarta-feira, setembro 28, 2005

Foi desde que partiste que...

... Percebi que podem não haver anjos no meu céu... nem heróis no meu castelo...
Podem não haver sonhos tornados realidade ou episódios perfeitos... mas existem sorrisos nos meus dias!

... Foi desde que partiste que.... arrumei a confusão que deixaste. Guardei o que abandonaste. Troquei a fechadura e fugi.

Foi desde que partiste que... descobri que não vale a pena afundar-me em tristeza e não olhar à minha volta...
Não vale a pena sufocar-me de gritos por expelir, se me olho ao espelho e gosto do que vejo...
Descobri que não vale a pena lutar mais contra o tempo, quando há coisas maiores que a vida...
E então desisti de lutar... com angustia e rancor nas palavras.
Desisti de tentar descrever-te em defeitos...
Percebi que não vale mais a pena! ...Porque és só mais uma pessoa que se cruzou no meu caminho... e como qualquer pessoa, entraste um dia na minha vida e modificaste-me para sempre...

Foi desde que partiste... que me atirei numa queda a pique no vazio da loucura e me deixei presa por uma corda, que não sei quantos metros tem... e aí continuo à espera... do dom para proteger tudo aquilo que gosto... e me faz sentir bem....

1 Comments:

Blogger camilo said...

Por vezes, é depois da "partida" de uma pessoa na nossa vida, que nos apercebemos de que muito do que ela significava não pode jamais ser reposto...
É o "síndroma" do primeiro amor a sério, que ao acabar, nos ensina que não existem pesoas IDEAIS, os tais "anjos no céu" ou "príncipes no castelo".
Ao passar a dor, também nos apercebemos que afinal nem só daquela pessoa vive a nossa vida, e qua há mais coisas que nos fazem sorrir.
E depois de tudo o que se chora (porque acredito que se sofra sempre), chegamos à conclusão que CHEGA! e deixamos de culpar a pessoa, de lhe encontrar defeitos, e passamos apenas a aceitar.
Acabou, valeu a pena enquanto durou, ficará marcado para sempre, seguimos em frente!
Depois chega a metáfora da corda, em que uma pessoa se encontra em queda, talvez na solidão ou não desilusão, na esperança que consiga deixar de cair, e talvez voltar a subir, para onde sempre esteve...

7:27 da tarde  

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