Nunca tinha gostado de usar palavras de outros.
Desde pequenina isso acontecia... enquanto as suas amigas se entretiam a mandar mensagens às suas "paixonetas de banco de escola", com palavras como "Para saberes o que gosto de ti, multiplica as estrelas no céu pelas gotas no oceano", ela mantinha-se assim, diferente das outras, porque sentia que para dizer algo, tinha que ser "especial".
Sentia que ao repetir palavras que não eram dela, estava a trocar o verdadeiro significado ao amor... muitos amam, muitas vezes com a mesma intensidade, mas cada amor, se verdadeiro, deve ser diferente...
Percebeu-o ainda menina, na altura em que o amor era escrito em papelinhos com "Gostas de mim?" e as opções SIM, NÃO e TALVEZ.
Com o passar dos anos manteve-se assim, diferente do resto das pessoas, notada por isso mesmo...
Se perdida na multidão pareceria "só mais uma", uma aproximação mostrava que era bem mais que isso!
Só que não encontrava quem, para ela, fosse como ela era para os outros...
E assim foi ficando, esquecida por escolha própria.
Mas um dia apareceu o príncipe, alguém a quem valia a pena dizer o que sentia...
Chamou a si todos os sentimentos, para escrever um texto. Tinha que ser único, lindo, perfeito, para mostrar que aquilo que ela sentia era assim também...
Mas as palavras não lhe vieram, o facto de querer ser diferente fez com que se afastasse do essencial, e impediu-a de impedir que ele se fosse...
"Amo-te! Fica comigo!" tinha resolvido tudo...
Mas ela não o disse, e o príncipe cavalgou para longe.
Desde pequenina isso acontecia... enquanto as suas amigas se entretiam a mandar mensagens às suas "paixonetas de banco de escola", com palavras como "Para saberes o que gosto de ti, multiplica as estrelas no céu pelas gotas no oceano", ela mantinha-se assim, diferente das outras, porque sentia que para dizer algo, tinha que ser "especial".
Sentia que ao repetir palavras que não eram dela, estava a trocar o verdadeiro significado ao amor... muitos amam, muitas vezes com a mesma intensidade, mas cada amor, se verdadeiro, deve ser diferente...
Percebeu-o ainda menina, na altura em que o amor era escrito em papelinhos com "Gostas de mim?" e as opções SIM, NÃO e TALVEZ.
Com o passar dos anos manteve-se assim, diferente do resto das pessoas, notada por isso mesmo...
Se perdida na multidão pareceria "só mais uma", uma aproximação mostrava que era bem mais que isso!
Só que não encontrava quem, para ela, fosse como ela era para os outros...
E assim foi ficando, esquecida por escolha própria.
Mas um dia apareceu o príncipe, alguém a quem valia a pena dizer o que sentia...
Chamou a si todos os sentimentos, para escrever um texto. Tinha que ser único, lindo, perfeito, para mostrar que aquilo que ela sentia era assim também...
Mas as palavras não lhe vieram, o facto de querer ser diferente fez com que se afastasse do essencial, e impediu-a de impedir que ele se fosse...
"Amo-te! Fica comigo!" tinha resolvido tudo...
Mas ela não o disse, e o príncipe cavalgou para longe.
2 Comments:
Ás vezes damos demasiada importancia à forma das coisas e esquecemo-nos do essencial - o conteúdo...
Bonita história... Tem uma bela e verdadeira lição... Só é preciso abrir o coração e percebê-la...
Beijinhos
ja li este texto ha algum tempo, mas as palavras faltaram me quando fui atingida por esta possivel gripe...contudo, dei logo minha opiniao critica sobre o texto via msn e por isso n vou aki repetir-me...saliento apenas que n devias deixar de escrever...os teus textos sao bons, as palavras sentidas, as ideias claras e os sentimentos puros...
gosto do texto pela sensaçao que me invade...as memorias da minha infancia...gosto do texto porque existe sempre alguem que n se limita a ser + um ...e nesse ponto identifico-me..
tal como te disse, se mais desenvolvido, era um dos meus textos preferidos...
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