No céu da minha cabeça...
Deitei-me. Pesava-me todo o ar que reencontrei desde que cheguei de novo a esta terra.
Na minha cama, o vazio marcava o compasso, mas não chegava para ultrapassar todos os meus pensamentos. De olhos bem abertos, procurava pedaços do que fui... e achei reflexos do que nos aconteceu.
Juntei todas as migalhas caídas e guardei num saco. Queria largar esta vida. Queria parar... e pensar! Bem sei que esquecer o passado é estar condenado a cometer os mesmos erros e por isso, queria absorver tudo e tirar conclusões. Procurava uma forma de me por a salvo. Queria perceber o que fiz de errado, para garantir que a partir de hoje, não seria, apenas e de novo, mais um fragmento.
Depois de muito pensar, julguei ser melhor partir para uma outra cidade... abandonar raízes, deixar tudo para trás e começar do zero...
Aconcheguei-me na cama e tentei matutar essa ideia durante algum tempo... mas logo veio a saudade...
Lembrei-me que o que me faria "fugir", era também o que possivelmente me agarria aqui...
Lembrei o primeiro mês que não falámos e a primeira vez que os seus olhos olharam fundo nos meus. Lembrei da raiva de uma mensagem e do primeiro toque. Lembrei a carta que ficou sem resposta e os primeiros sorrisos!...Lembrei o primeiro beijo... que bateu forte...Lembrei os desejos do meu corpo sem sorte... e senti borboletas no estomago. Aquelas que me perseguem quando o vejo. E precisamente aquelas que se mantém vivas quando ele não está.
...Depois... fechei os olhos. Abracei o meu corpo, na ausencia do seu....e comecei a sonhar...
Tinha arrumado as malas. Iria partir nessa mesma noite. Eram 19.30 quando me abriu a porta de sua casa. Olhei-o, beijei-o e disse-lhe:
-Vou-me embora. Vim despedir-me e dizer-te... que desisto de ti...
Esperei que a porta do elevador se fechasse por trás de mim e chorei frente ao espelho.
Quando o elevador atingiu o nivel do chão da rua, alguem me abriu a porta e sussurrou o meu nome... Limpei os olhos, voltei-me e ergui a cabeça...
- Não vás!- implorou ele- Não posso continuar mais assim... quero ficar contigo!
Acordei!... Tinha o dedo em cima da sua campainha....
Na minha cama, o vazio marcava o compasso, mas não chegava para ultrapassar todos os meus pensamentos. De olhos bem abertos, procurava pedaços do que fui... e achei reflexos do que nos aconteceu.
Juntei todas as migalhas caídas e guardei num saco. Queria largar esta vida. Queria parar... e pensar! Bem sei que esquecer o passado é estar condenado a cometer os mesmos erros e por isso, queria absorver tudo e tirar conclusões. Procurava uma forma de me por a salvo. Queria perceber o que fiz de errado, para garantir que a partir de hoje, não seria, apenas e de novo, mais um fragmento.
Depois de muito pensar, julguei ser melhor partir para uma outra cidade... abandonar raízes, deixar tudo para trás e começar do zero...
Aconcheguei-me na cama e tentei matutar essa ideia durante algum tempo... mas logo veio a saudade...
Lembrei-me que o que me faria "fugir", era também o que possivelmente me agarria aqui...
Lembrei o primeiro mês que não falámos e a primeira vez que os seus olhos olharam fundo nos meus. Lembrei da raiva de uma mensagem e do primeiro toque. Lembrei a carta que ficou sem resposta e os primeiros sorrisos!...Lembrei o primeiro beijo... que bateu forte...Lembrei os desejos do meu corpo sem sorte... e senti borboletas no estomago. Aquelas que me perseguem quando o vejo. E precisamente aquelas que se mantém vivas quando ele não está.
...Depois... fechei os olhos. Abracei o meu corpo, na ausencia do seu....e comecei a sonhar...
Tinha arrumado as malas. Iria partir nessa mesma noite. Eram 19.30 quando me abriu a porta de sua casa. Olhei-o, beijei-o e disse-lhe:
-Vou-me embora. Vim despedir-me e dizer-te... que desisto de ti...
Esperei que a porta do elevador se fechasse por trás de mim e chorei frente ao espelho.
Quando o elevador atingiu o nivel do chão da rua, alguem me abriu a porta e sussurrou o meu nome... Limpei os olhos, voltei-me e ergui a cabeça...
- Não vás!- implorou ele- Não posso continuar mais assim... quero ficar contigo!
Acordei!... Tinha o dedo em cima da sua campainha....