Passado, Presente e Futuro
Há dias passaste por mim e fingiste não me ver...senti um arrepio quando reconheci o teu perfume e deixei cair tudo no chão quando te cruzaste comigo!
Sem saber o que dizer ao passares por mim soltei meias palavras...
- "Olá..." Disse eu meio a gaguejar mas não ouviste, ou fingiste não ouvir...
Sempre me provocaste este tipo de reacções, fico meio sem jeito quando estás por perto!É como se uma descarga de adrenalina repentina me fizesse tremer sem razão...
A tua indiferença corta-me o coração...sinto-me minusculo num mundo de gigantes!
Ontem ganhei coragem e telefonei...perdi a conta às vezes que o teu telemovel tocou sem nunca ouvir uma voz do outro lado! Insisti até que, talvez vencida pelo cansaço, ouvi-te do outro lado da linha:
- "Estou sim?" Disseste tu com um tom de indiferença...
- "Estou?Sou eu...lembras-te de mim?" Perguntei com a insegurança marcada na minha voz trémula...
- "Claro que me lembro!Já lá vai algum tempo mas ainda não me esqueci de ti!Então que contas?"
Foram estas as palavras que deixaste sair na tentativa de quebrar o gelo...
A muito custo lá me consegui convencer a convidar-te para um café, meter a conversa em dia e matar saudades desse sorriso, desse olhar doce e sincero, dessa tua segurança inabalável!
Sem querer acreditar no que ouvia fiquei aliviado...concordaste em ir tomar um café e actualizar a conversa...
Foi hoje que te reencontrei mas parece que nunca te tinha conhecido...tal como os encontros marcados "às cegas", um nervoso miudinho devorava-me o estômago e a ansiedade aumentava a cada movimento do ponteiro dos minutos!
Passaram-se 10 minutos...15 minutos...30 minutos e a tua figura tardava em aparecer...
Finalmente, após 1 hora de espera (sempre gostaste de te fazer difícil) vislumbrei a tua silhueta no horizonte...
Vinhas bem vestida como sempre, todo o pequeno detalhe era levado em atenção...ao mesmo tempo um ar intelectual conferido pelos óculos de massa na cabeça e o portátil na mão, o teu fiel companheiro!Sem dúvida uma imagem de verdadeira beleza...
Meio gago volto a soltar meias palavras...
- "Olá...Tudo bem?" Disse enquanto te cumprimentava com 2 beijos na tua face corada pelo esforço de arrastar o portátil...
- "Olá meu querido!Tudo bem, e contigo?" Disparaste num tom de voz cheio de segurança e ao mesmo tempo maternal, deixando transparecer uma vontade de manter a distância.
O café passou...a conversa parecia não ter fim e nos meus olhos um brilho de quem está a deliciar-se com cada segundo da tua companhia parecia teimar em deixar isso bem claro!
Por fim, espicaçada pelo ponteiro dos minutos, despediste-te de mim com o mesmo tom maternal mas agora menos segura de ti...Parece que te marquei num passado que já lá vai mas que ao mesmo tempo parece tão recente!
O meu coração falou ao teu...falou-lhe de tudo e de nada, sem medos e sem receios, tudo sem abrir a boca...
- "Tenho medo de voltar a sofrer" confidenciei-lhe baixinho ao ouvido...
- "Não tenhas..." soltaste meio a sorrir...
- "Tu não tens medo?" perguntei meio aparvalhado...
- "Sim tenho, é legítimo ter medo depois do que se passou" respondeste num tom mais frio mas denotando alguma preocupação...
A incerteza do futuro é o maior prémio que a vida tem para nos oferecer...mas a insegurança no presente por sombras do passado é o pior que nos pode acontecer...
Nos entretantos uma música toca no rádio...parece querer simplificar a vida, tal como eu!
A mensagem passa baixinho até que decido aumentar o volume do rádio e olho-te nos olhos...
Lá atrás ouve-se..."Se gosto de ti...se gostas de mim...se isto não chega tens o mundo ao contrário!"
É então que te pergunto...
- "Ajudas-me a ser feliz?"
- "Sim..." respondes meio corada e insegura nas tuas palavras...mas o teu olhar sincero tranquiliza-me...
Foi assim que voltei a acreditar que era possível...
Sem saber o que dizer ao passares por mim soltei meias palavras...
- "Olá..." Disse eu meio a gaguejar mas não ouviste, ou fingiste não ouvir...
Sempre me provocaste este tipo de reacções, fico meio sem jeito quando estás por perto!É como se uma descarga de adrenalina repentina me fizesse tremer sem razão...
A tua indiferença corta-me o coração...sinto-me minusculo num mundo de gigantes!
Ontem ganhei coragem e telefonei...perdi a conta às vezes que o teu telemovel tocou sem nunca ouvir uma voz do outro lado! Insisti até que, talvez vencida pelo cansaço, ouvi-te do outro lado da linha:
- "Estou sim?" Disseste tu com um tom de indiferença...
- "Estou?Sou eu...lembras-te de mim?" Perguntei com a insegurança marcada na minha voz trémula...
- "Claro que me lembro!Já lá vai algum tempo mas ainda não me esqueci de ti!Então que contas?"
Foram estas as palavras que deixaste sair na tentativa de quebrar o gelo...
A muito custo lá me consegui convencer a convidar-te para um café, meter a conversa em dia e matar saudades desse sorriso, desse olhar doce e sincero, dessa tua segurança inabalável!
Sem querer acreditar no que ouvia fiquei aliviado...concordaste em ir tomar um café e actualizar a conversa...
Foi hoje que te reencontrei mas parece que nunca te tinha conhecido...tal como os encontros marcados "às cegas", um nervoso miudinho devorava-me o estômago e a ansiedade aumentava a cada movimento do ponteiro dos minutos!
Passaram-se 10 minutos...15 minutos...30 minutos e a tua figura tardava em aparecer...
Finalmente, após 1 hora de espera (sempre gostaste de te fazer difícil) vislumbrei a tua silhueta no horizonte...
Vinhas bem vestida como sempre, todo o pequeno detalhe era levado em atenção...ao mesmo tempo um ar intelectual conferido pelos óculos de massa na cabeça e o portátil na mão, o teu fiel companheiro!Sem dúvida uma imagem de verdadeira beleza...
Meio gago volto a soltar meias palavras...
- "Olá...Tudo bem?" Disse enquanto te cumprimentava com 2 beijos na tua face corada pelo esforço de arrastar o portátil...
- "Olá meu querido!Tudo bem, e contigo?" Disparaste num tom de voz cheio de segurança e ao mesmo tempo maternal, deixando transparecer uma vontade de manter a distância.
O café passou...a conversa parecia não ter fim e nos meus olhos um brilho de quem está a deliciar-se com cada segundo da tua companhia parecia teimar em deixar isso bem claro!
Por fim, espicaçada pelo ponteiro dos minutos, despediste-te de mim com o mesmo tom maternal mas agora menos segura de ti...Parece que te marquei num passado que já lá vai mas que ao mesmo tempo parece tão recente!
O meu coração falou ao teu...falou-lhe de tudo e de nada, sem medos e sem receios, tudo sem abrir a boca...
- "Tenho medo de voltar a sofrer" confidenciei-lhe baixinho ao ouvido...
- "Não tenhas..." soltaste meio a sorrir...
- "Tu não tens medo?" perguntei meio aparvalhado...
- "Sim tenho, é legítimo ter medo depois do que se passou" respondeste num tom mais frio mas denotando alguma preocupação...
A incerteza do futuro é o maior prémio que a vida tem para nos oferecer...mas a insegurança no presente por sombras do passado é o pior que nos pode acontecer...
Nos entretantos uma música toca no rádio...parece querer simplificar a vida, tal como eu!
A mensagem passa baixinho até que decido aumentar o volume do rádio e olho-te nos olhos...
Lá atrás ouve-se..."Se gosto de ti...se gostas de mim...se isto não chega tens o mundo ao contrário!"
É então que te pergunto...
- "Ajudas-me a ser feliz?"
- "Sim..." respondes meio corada e insegura nas tuas palavras...mas o teu olhar sincero tranquiliza-me...
Foi assim que voltei a acreditar que era possível...
20 Comments:
Como ja te disse, gosto do texto... todas as palavras, todos os pormenores conferem-lhe uma identidade bem semelhante ao que se passa no nosso dia-a-dia.... Gosto quando o passado se cruza no nosso presente e nos faz ter uma nitida visao do futuro... Gosto quando toda essa união nos traz uma sensaçao de felicidade ...e esperança... Ainda bem que voltaste a acreditar. Incosncientemente fazes mais pessoas acreditarem também ;) *****
Quando falo nosso, refiro-me ao de cada um de nos... se bem que sei que estas vivencias foram importantes para ti e te deixaram feliz :)
São palavras simples e como todos os meus textos levam um pouco de mim, da minha história, das minhas vivências!
O importante é ter sempre algo em que acreditar, algo que nos mantenha vivos e com vontade de conseguir!
E dps?Bem...depois arranja-se outro objectivo e continuamos o caminho!
Obrigado k8tye por teres sido a única a comentar o meu texto em 3 dias...
Desculpa zorlac, mas dois textos grandes...é mesmo assim...demora-se mais um bocadinho!! Como sempre, gosto dos teus textos. Nada controversos. Bastante simples e repletos de sentimentos e crenças. Tenho pena de não saber ser assim ****joana
Parece-me que .... quem é amada por ti, tem muita sorte
Depois de um texto de putaria, este custa a enquadrar. Senti-me a mudar de ambiente. A mudar da realidade para a fantasia. Abraço zorlac
Joana...ser assim não custa nada, torna até mais fácil encarar a realidade pq os sonhos toldam-nos a visão, turvam-nos por vezes o pensamento!
Sonia...não é uma questão de ter sorte!Eu prefiro que a pessoa aprecie a maneira como a vejo e trato...se outras pessoas pensam o mesmo, então só posso agradecer por se sentirem assim :)
J.D. o texto do Camilo é de um ambiente totalmente diferente, mais relaxado, depravado mas com a sua poonta de realidade!Este tem a sua parte de realidade mas não deixa de nos puxar um pouco para o outro lado ;)
A todos os meus sinceros agradecimentos pelos comentários...começava a ficar desmotivado!
Tens que ter calma puto... se voltei a escrever voltei a comentar! ;) e vou voltar a comentar... quando fizer um teste. espera pelo fds ok?
Temos que começar é os dois a combinar... quando um escrever assim qq coisa GRANDE, o outro escreve uma cena mais pequenina, que isto textos smp "african-size" assustam os leitores! :P
Pronto pá, não deixei para o fim-de-semana. Caguei um bocado no estudo e aproveitei para vir ler isto...
Sabes o que acho acima de tudo? É tão real como o meu texto. Secalhar mais, porque nunca tive nenhuma "Maria", mas em compensação já senti este friozinho no estômago.
É este efeito que têm as pessoas que nos afectam. Para o bem e para o mal. É isto que acontece ao narrador. É tão normal, e tão assustador.
Achei piada ao pormenor do portátil e dos óculos de massa. Falaram sobre isso num dos comentários ao meu último texto. Convém por isso avisar a navegação que esta história não é o assumir de qualquer homossexualidade, que eu não sou a personagem feminina (seri transgender neste caso), e que nem tenho portátil.
Enfim, estupidez à parte, é praticamente impossível não gostar deste texto. Mais que isso, é praticamente impossível não me fazer imaginar qualquer coisa parecida, com outros personagens e com ligeiras modificações. É um texto que vai tão bem e tão mal ao mesmo tempo com a banda sonora do Fabuloso Destino de Amélie que ouvi não faz nem uma hora!
E assim transformei um comentário em egocentrismo puro... "eu eu eu eu eu". Leva isto pelo lado bom... quando me consigo rever num texto... seja de um prémio Nobel ou de "um zorlac" é porque mexeu com qualquer coisa. É porque diz algo. É porque está bem escrito
É efectivamente um grande texto, e muito maior do que o tamanho "físico" que tem.
É lixado quando as gajas não fecham a porta, nem nós a queremos fechada... O vento que entra é sempre muito frio. (gostava de poder por este bocado do comentário a BOLD, mas não dá)
Aqui, quem a deixou aberta, talvez volte a entrar. Para o narrador, assim espero!
Fora do texto, foste uma boa contratação para este blog. Para mim, quem melhor aqui "deixou letras" continua a ser o Adão (quem não conhece, leia os arquivos), mas és efectivamente uma mais valia. Daqui a uns anos (não antes, estamos todos muito verdes), sempre tem que sair o "If Only: O Livro". :P
Um abraço... aqui está um texto que merece ganhar a "comment-war"! :P
Camilo isto não se trata de uma guerra de comentários mas sabe sempre bem chegar ao fim do dia e ler palavras agradáveis sobre os nossos textos!!
Quanto à possível realidade do texto e à questão da tua "Maria", pensa bem...será que por vezes vale a pena andarmos a pensar demasiado nisso?Será que vale mesmo a pena partilharmos algo só por partilhar?Não fiques "triste" por não teres tido uma "Maria", sente-te feliz por teres partilhado algo com alguém que tivesse merecido isso!
Quanto à qualidade do texto...nunca achei os meus textos grande coisa, isto é, nunca os achei suficientemente bons para merecerem tamanha atenção!Mas já que me vão encorajando a escrever eu vou continuando a debitar sentimentos e histórias (bem ou mal contadas) para entreter o nosso "público"!!
Sendo assim, e porque a resposta ao comment já vai longa, espero melhorar significativamente o meu nível para, quiça um dia, estar ao nível do Adão!
Quanto ao livro...alinho!
Ha dias em que me deito na cama e revejo os meus dias. Este texto podia ser um deles. "Tu dizes" / "eu olho-te com um brilho nos olhos" !! Tal e qual! Grande texto, do tamanho do sentimento que ficamos quando o lemos :) Quanto ao livro, eu compro. SE for best-off :) *****claudia
ahahah...pus um "f" a mais... isto anda critico!! ***claudia
Meu amor!!Que palavras tão bonitas... De facto, o teu coração fala com o meu e eu perco a coerência, a realidade, a segurança e tudo o resto!
Os teus olhos entram na minha alma como luz!
Tenho a certeza q quem já sentiu uma ligação tão forte que baste um olhar ou um tocar leve na pele para que todo o mundo pare, adorou as tuas palavras quase tanto quanto eu!
És quase perfeito...
Lindo, simplesmente lindo este texto!
És maravilhoso
Sara
Hás-de arder no inferno meu tarado!!!
lolol
Sara...sabes bem como é, tu e eu sentimos isto todos os dias!Não faço mais nada que não seja falar com o teu coração, à espera que no final tudo corra como no texto! :)*
Mariana...pergunto-te eu, quem é o tarado que vai arder no inferno?E já agora deixo um pensamento...
"O céu pelo clima, o inferno pela companhia!"
Zorlac,
E respondo eu. Eu espero que não haja nenhum tarado a arder no inferno. Que em vez disso o tarado faça uma boa troca e deixe de ser forreta.
***
Zorlac querido,
Peço desculpa pela minha falha. Esqueci-me de comentar devidamente o teu texto. Com a brincadeira até me esqueci...
Para começar deixa-me que te diga que gostei muito. Especialmente da parte do:
“A incerteza do futuro é o maior prémio que a vida tem para nos oferecer…”
Concordo muito com esta parte do texto. O futuro é sempre algo incerto. Como disse o nosso amigo Camilo é um texto que vai tão bem e tão mal ao mesmo tempo com a banda sonora do Fabuloso Destino de Amélie que não oiço já há algum tempo.
Fico feliz por teres voltado a acreditar. É sempre bom termos alguma coisa em que acreditar. E eu falo por mim. Acredito sempre em coisas diferentes, é certo, mas tenho sempre algo em que acreditar… cada momento um sentimento…
Estive a ler os arquivos como recomendou o nosso amigo Camilo e acho sinceramente que não tens motivos nenhuns para te sentires inferior ao Adão. Estás muito lá… São estilos diferentes mas a essência é a mesma.
Eu pessoalmente, prefiro os do Adão. Apelam mais ao sonho, à fantasia… Os teus estão ao mesmo nível mas com um estilo mais virado para o “entretenimento do público”.
Não deixes de acreditar amigo. O futuro nunca se sabe :p ***
Ah ó zorlac, uma cena antes que me esqueça... uma amiga minha veio cá ler o blog, e leu este texto... e depois a mensagem dela no men mudou para
"A incerteza do futuro é o maior prémio que a vida tem para nos oferecer...mas a insegurança no presente por sombras do passado é o pior que nos pode acontecer..."
Claro que teve que fazer aquelas abreviaturas todas nas palavras senão não cabia... :P
Ela não é de comentar, e nem lhe disse que te vinha contar isto... mas achei que ias achar piada. Ela nem te conhece, nem faz a mínima ideia de quem és, portanto parece que é um elogio sincero!
Vá, baba-te para aí! :P
Mariana, concordo ctg nisso dos tarados :P quanto ao texto, não me sinto de maneira nenhuma inferior ao Adão, até pq ainda não li os textos dele!Mas para o Camilo os recomendar é pq a qualidade é boa de certeza!Obrigado pelo comentário ao texto de "entertenimento público", o que posso eu dizer senão isso, que gosto de ver o pessoal entretido!
Camilo...diz à tua amiga que fiquei deveras impressionado (no bom sentido claro!) com a "homenagem"!
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