-Bom dia Senhora Carolina. Sente-se por favor....Em relação aquele último jogo que fizemos...lembra-se?
- Sim, claro.
-Entao certamente que também será capaz de me explicar porque não respondeu com sinceridade ás perguntas que lhe foram feitas...
-Desculpe, não estou a perceber...
-Eu explico, Senhora Carolina...com todo o respeito, eu não a fui buscar a casa, foi a senhora que me procurou, portanto, não percebo o porquê das suas reacções perante as minhas pesquisas...contudo, devo reforçar que estes jogos pretendem conhecer melhor a pessoa, ou seja, as respostas ás imagens normalmente dizem qualquer coisa sobre a pessoa em questão, mas no seu caso isso não aconteceu...
-Eu peço imensa desculpa, mas voce pediu-me para dizer o que via...e eu limitei-me a faze-lo...se o jogo não correu como pretendia, quem devemos culpar?
-Eu não pretendo culpar ninguém...porém perceber como foi capaz de manipular este jogo...
-O Senhor Doutor não está a insinuar que eu tinha conhecimento destes seus metodos e quis influenciar o resultado, pois não?
-Não, Senhora Carolina... se tinha conhecimento do jogo ou não, não sei...o que digo, e com toda a certeza, é que...a senhora conseguiu distanciar-se e dar respostas que nada a identificam, ou melhor, que não explicam a causa da sua vinda aqui, embora evidenciem muito a sua personalidade.
-Como assim?
-Está claro para mim que a Senhora Carolina se apercebe facilmente do que está por detrás de uma simples brincadeira, falo deste jogo, como de qualquer outro, os frequentes ao longo da nossa vida...e para evitar situações embaraçosas, resguarda-se....
Carolina sorriu mordendo o lábio.
-Até lhe digo mais...não consigo explicar porque vê uma noiva, uma boia ou o fundo do mar...mas posso dizer-lhe que nada disso tem a ver consigo implicitamente...arrisco a dizer que podem estar relacionadas consigo...mas não se trata de algo que viveu.. gostava de ouvir da sua boca a explicação para para tudo isto...contudo, o que não percebo, é como conseguiu ludibriar-me!...
-Peço desculpa Senhor Doutor, não era minha intenção. De facto, a pessoa que me aconselhou os seus serviços, tinha razão...você não é igual aos outros...
-Agora sou eu que não estou a perceber...
-Eu explico...