segunda-feira, julho 25, 2005

na hora do lanche...

Acordei com saudades da sua voz. Parece que adivinhou e telefonou-me! Vinha mais cedo do trabalho e queria estar comigo. Adorei a ideia. O combinado era à porta de minha casa. Sairia após o toque da sua chegada. Esperei ansiosa pela hora que não fora marcada...até que ele ligou de novo, a avisar que estava a caminho. Quis desligar e vestir o meu melhor trapito, mas ele insitiu para que lhe fizesse companhia no caminho para casa. Temi atrasar-me, faze-lo esperar( como odeio fazer esperar)...mas continuei a falar...não sei se pelas saudades que sentia, se pelo prazer de o ouvir...!
Quando dei por mim, tinha 10 minutos para me despachar. Nem sei como consegui. Quando recebi o toque de aviso, estava pronta. O sorriso de pseudo-sedutora ficou estampado no meu rosto, enquanto descia as escadas. Depois, discreta, ( sempre considerei que parte da beleza está na simplicidade) abri a porta do prédio e fui ao seu encontro. Entrei no carro muito segura de mim. De ti... do mundo. Lá estava ele. Desejável como de costume. (Aquela camisa arregaçada e os deslavados jeans ficavam-lhe a matar).
Beijou-me ao de leve na boca numa tentativa programada de me deixar a pensar. De me deixar parte do gosto… de me fazer pedir mais. (Como ele sabe que me perco nestas brincadeiras).
Agarrei-lhe o pescoço, naquele sitio que parece ter sido feito à medida da minha mão. Ele tornou-se mais subtil. Eu, mais delicada. Talvez tenha tocado onde não devia…! Ao sentir os seus braços envolverem-me o corpo, sei que se arrepiou. Com a ponta das unhas vou percorrendo o seu corpo. Vinco-lhe as costas. Desejo!
Deixamo-nos estar naquele deleite de toques e arrepios. Entre palavras amistosas e provocadoras esquecemos o que tinhamos combinado. Entre sopros e sons ao ouvido, deixamos passar... a hora do lanche. Entre singelos toques e sorrisos, resolvemos ficar por ali. Entre este e aquele olhar…deixamo-nos levar por uma qualquer necessidade abrupta de amar.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

bem escrito.imaginativo.esclarecido mas ao msm tmp misterioso.um tanto ou kanto excitante,devo admitir...lol faz-me lembrar o inico de um dos meus contos eroticos, so ke escrito cm deve ser...LOL enfim,mais um pedaço na minha humilde aprendizagem ctg... ;)

1:36 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Plano: Camilo chega a casa. Camilo lê um bocado de um livro. Camilo vai para a cama.

Execução: Camilo chega a casa. Camilo lê o que deixaste no msn. Camilo comenta o teu post. Camilo posta no space dele. Camilo nem sabe se lhe apetece assim tanto dormir.

E agora a ligação com o post... (e que maravilhosa ligação, perfeita mesmo)...

Na noite de Camilo, assim como no post, o que acontece e não estava planeado, acaba por ser MUITO melhor do que aquilo que estava planeado...

O encontrar de dois amantes, o deixarem-se levar, esquecerem os planos, entregarem-se um ao outro, acaba por ser um "prato" bem melhor do que uma qualquer bola de berlim (ou de BERLINDE, como dizia enquanto puto) numa pastelaria cheia de tias.
E depois é a cumplicidade, o facto de no dia em que lhe apetecia estar com ele, ele sai mais cedo. Aquele nervosismo bom que se sente enquanto se espera por quem se ama. Aquele friozinho no estômago. O desejo de aparecermos sempre no nosso melhor, não por nós, mas por quem amamos. E o facto de independentemente de como estão, para nós é sempre o melhor possível (neste caso, os jeans deslavados e camisa arregaçada. Mas secalhar a roupa até podia ser metáfora).
O toque, o desejo, o falar sem palavras, a vontade mútua...
Até podia começar a dizer "Meu Deus, que saudades da "minha" I...".
Mas hoje não, porque este post não é uma recordação (vivida ou imaginada) triste, e não será o meu comment que o vai tornar maníaco-depressivo!
Que excelente post Monica! E que se lixe o sono, durmo amanhã! :P

5:46 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home